O livro Dona Benta - Comer Bem é o máximo. Não é à toa que a publicação é sucesso desde 1940, com 74 edições e mais de um milhão de livros vendidos até hoje. Tem de tudo: pratos típicos da culinária brasileira, internacional, dicas de como montar cardápios e até instruções de como abater um peru para fins gastronômicos. Isso mesmo. A última edição do livro resgatou conteúdo de edições antigas e, a titulo de curiosidade, eles incluíram coisas bizarras como essa. É legal.
Mas, apesar de ter muita coisa – e de ser enorrrrme -, o livro da Dona Benta não tem receita de bolo de cenoura. Supreendentemente, um dos maiores clássicos da nossa cozinha ficou de fora.
Então aí vai a minha (humilde) contribuição para o cânon da gastronomia brasileira:
Bata no liquidificador:
3 ovos
1 xícara de óleo de soja, girasol ou canola
3 cenouras sem casca picadas
Bater tudo até que a cenoura esteja bem triturada.
Transferir a massa para uma tigela e adicionar:
2 xícaras de açúcar
3 xícaras de farinha de trigo peneirada
Mistrurar bem e no final acrescentar 1 colher de sopa de fermento em pó
Assar em forno médio por 35-45 minutos.
Passar uma calda de chocolate em cima (eu gusto quando é tipo o brigadeiro mole) e comer.
Cem Sentidos
Sobre os prazeres da boa mesa, da boa casa e, quem sabe, da boa vida.
31 de janeiro de 2012
12 de janeiro de 2012
Consegui realizar a proeza de passar um ano sem postar. Mais precisamente, um ano e meio. Mas, felizmente, a inspiração para cozinhar nesse período não acabou. Muito ao contrário, assim como eu, ela amadureceu. E, mais do que nunca, cozinhar passou a fazer parte da minha rotina.
Para provar que a minha distância das panelas foi apenas virtual, fui até a França fazer um curso no Le Cordon Bleu. Aulas para turistas, é verdade, mas não deixaram de ser boas. E gostosas.
Também viajei muito e experimentei muitas coisas novas. Ganhei uma batedeira fantástica, novos amigos, novos livros de receitas. O mais recente é aquele que eu sempre quis. E sempre hesitei em comprar (por causa do tamanho e do preço): O Dona Benta. Graças a uma promoção do Submarino, a belezura estava sendo vendida online a preço módico. Ainda não fiz nenhuma receita, mas estou ansiosa para que chegue o fim de semana para experimentar.
Em 2011 eu estive distante. Mas, em 2012, vai ser tudo diferente.
17 de maio de 2010
Um bom bolo de fubá
... é uma coisa sensacional na vida de quem conhece. Com erva-doce, nem se fala. Gostinho de infância, especialmente se estiver saindo do forno, bem quentinho.
Essa receita veio da internet, do blog da Casa da Chris. E eu fiz pra estrear a batedeira nova-velha que ganhei da minha mãe, uma verdadeira Arno Planetária da década passada. Linda, amarelada pelo tempo, mas eficiente como sempre.
Servi para uma amiga-prima querida de infância que me fez uma visita numa tarde linda de outono em Brasília. Marrrrrravilha!
Ingredientes:
3 colheres de sopa de manteiga
2 xícaras de chá de açúcar
3 ovos
1 xícara de chá de leite morno com uma colher de sopa bem cheia de erva-doce
1 xícara de chá de farinha de trigo
1/2 xícara de chá de Maizena
1 e 1/2 xícara de chá de fubá
1 colher de sopa de fermento em pó
1 pitada de sal
Modo de fazer:
Bata o açúcar com a manteiga até ficar um creme bem branquinho. Adicione os ovos. Junte aos poucos as farinhas e o sal (misturei tudo numa mesma vasilha e fui jogando com a colher), alternando com o leite morno já misturado com a erva-doce. Finalize adicionando o fermento em pó e bata só mais um pouquinho depois. Despeje a massa em uma forma retangular untada com manteiga e farinha.
Leve ao forno médio para assar por mais ou menos meia hora ou até passar no teste do palito.
Detalhe: usei leite sem lactose e açúcar demerara. Mesmo assim continuou uma delícia.
Essa receita veio da internet, do blog da Casa da Chris. E eu fiz pra estrear a batedeira nova-velha que ganhei da minha mãe, uma verdadeira Arno Planetária da década passada. Linda, amarelada pelo tempo, mas eficiente como sempre.
Servi para uma amiga-prima querida de infância que me fez uma visita numa tarde linda de outono em Brasília. Marrrrrravilha!
Ingredientes:
3 colheres de sopa de manteiga
2 xícaras de chá de açúcar
3 ovos
1 xícara de chá de leite morno com uma colher de sopa bem cheia de erva-doce
1 xícara de chá de farinha de trigo
1/2 xícara de chá de Maizena
1 e 1/2 xícara de chá de fubá
1 colher de sopa de fermento em pó
1 pitada de sal
Modo de fazer:
Bata o açúcar com a manteiga até ficar um creme bem branquinho. Adicione os ovos. Junte aos poucos as farinhas e o sal (misturei tudo numa mesma vasilha e fui jogando com a colher), alternando com o leite morno já misturado com a erva-doce. Finalize adicionando o fermento em pó e bata só mais um pouquinho depois. Despeje a massa em uma forma retangular untada com manteiga e farinha.
Leve ao forno médio para assar por mais ou menos meia hora ou até passar no teste do palito.
Detalhe: usei leite sem lactose e açúcar demerara. Mesmo assim continuou uma delícia.
29 de março de 2010
Everything starts today
Quase sempre, é assim que gosto de começar um dia: crendo que ele será o primeiro, que os problemas de ontem não existirão hoje, que as dores de ontem terão ficado nos sonhos da madrugada e que oportunidades novinhas em folha estarão me esperando na soleira da porta. Seria muito bom começar de novo. Mas, infelizmente, em muitos assuntos, não é assim que funciona. E as cicatrizes de ontem nos tornam um pouco mais bizarros hoje, um pouco mais tristes, um pouco mais experientes, um pouco mais sábios e um pouco menos ansiosos.
Para esses dias em que tudo que você quer é se tornar uma tábula rasa, uma folha em branco (e talvez uma aviãozinho de papel que saia voando sabe-se lá pra aonde), o ideal é estar só. Dividir refeições é ótimo, mas, de vez em quando, o bom mesmo é olhar para si, não ter ninguém sentado na sua frente, e degustar uma refeição se fitando nos olhos, através do espelho.
Para esses dias, recomendo um risoto de funghi porcini. Tem gosto de terra, de verdade, de coisas palpáveis, fortes e originais. De coisas essenciais. É bem fácil:
Base do risoto de sempre (azeite, cebola refogada, arroz arbóreo e vinho branco). Tudo regado, com paciência, com o caldo resultante da hidratação do funghi, temperado com sal e pimenta.
Os cogumelos cortadinhos devem ser adicionados depois, mais ou menos no meio do processo.
Manteiga e queijo parmesão ralado na hora são o para o final, quando o arroz estiver bem cremoso e ao dente. Não esquecer de acertar a pimenta e o sal.
Guster para acompanhar.
Para esses dias em que tudo que você quer é se tornar uma tábula rasa, uma folha em branco (e talvez uma aviãozinho de papel que saia voando sabe-se lá pra aonde), o ideal é estar só. Dividir refeições é ótimo, mas, de vez em quando, o bom mesmo é olhar para si, não ter ninguém sentado na sua frente, e degustar uma refeição se fitando nos olhos, através do espelho.
Para esses dias, recomendo um risoto de funghi porcini. Tem gosto de terra, de verdade, de coisas palpáveis, fortes e originais. De coisas essenciais. É bem fácil:
Base do risoto de sempre (azeite, cebola refogada, arroz arbóreo e vinho branco). Tudo regado, com paciência, com o caldo resultante da hidratação do funghi, temperado com sal e pimenta.
Os cogumelos cortadinhos devem ser adicionados depois, mais ou menos no meio do processo.
Manteiga e queijo parmesão ralado na hora são o para o final, quando o arroz estiver bem cremoso e ao dente. Não esquecer de acertar a pimenta e o sal.
Guster para acompanhar.
17 de março de 2010
A torta das certezas
Como ter equilíbrio entre o eterno e o efêmero, entre o superficial e o profundo? Será possível enxergar além do agora, e tomar uma decisão pensando nos anos que vão se seguir, muito além do presente? E se... Morrermos? Mudarmos de cidade? De convicção?
“Deus plantou a eternidade no coração homem”, nos diz o grande sábio no livro bíblico de Eclesiastes. Seria, então, essa sementinha de eterno, esse pó de estrelas, que não nos deixaria sucumbir aos horrores do presente, à desesperança do agora?
Não sei. Não tenho a menor idéia. Mas tem dias em que tudo que queremos é ter respostas. Definitivas, peremptórias, eternas e imutáveis. Para as questionarmos todas na manhã seguinte. No entanto, seja lá como for, na falta de certezas sobre o futuro, nada mais reconfortante do que a segurança de que estamos bem, pelo menos, agora.
A receita de hoje talvez seja, quem sabe, a materialização da vontade de que pelo menos o presente seja bom. Torta de alho-poró com tapenade e queijo de cabra. Melhor do que isso, nem sei o que.
Para a torta:
Massa folhada comprada pronto no supermercado
4 a 5 talos de alho-poró (se forem grandes, só três é suficiente)
2 colheres de sopa de oleo de oliva
1/2 colher de chá de tomilho
sal e pimenta
1/3 de xícara de vinho branco
Uma receita de tapenade
Fatias de queijo de cabra (o melhor queijo do mundo) cortadas mais ou menos finas, o suficiente para cobrir toda a área da massa
Para fazer, cubra a vasilha com a massa folhada, faça vários furos com o garfo e coloque no forno por 10 minutos. Nesse meio tempo, refogue o alho poro cortado em rodelas por cinco minutos, depois acrescente o azeite, o tomilho, sal e a pimenta. Adicione o vinho e deixe tudo no fogo até que o álcool evapore. Depois é só montar a torta: primeiro a camada de tapenade, depois a de alho-poró e, por último, o queijo de cabra. Volte a torta pro fogo e cozinhe por mais uns 15min, ou até o queijo ficar moreninho.
Agora, sim, a receita da Tapenade:
20 azeitonas sem caroço (pretas ou verdes, como você preferir)
uma colher de sopa de alcaparras picadas, sem o caldinho
Uma colher de suco de limão
Duas colheres de azeite de oliva
Meia colher de pasta de anchovas (bastante opcional)
Pimenta do reino moída na hora, pelamordedeus
Eu passo tudo rapidinho no liquidificador, pra garantir que está homogêneo
Apesar de efêmero, o prazer é garantido.
“Deus plantou a eternidade no coração homem”, nos diz o grande sábio no livro bíblico de Eclesiastes. Seria, então, essa sementinha de eterno, esse pó de estrelas, que não nos deixaria sucumbir aos horrores do presente, à desesperança do agora?
Não sei. Não tenho a menor idéia. Mas tem dias em que tudo que queremos é ter respostas. Definitivas, peremptórias, eternas e imutáveis. Para as questionarmos todas na manhã seguinte. No entanto, seja lá como for, na falta de certezas sobre o futuro, nada mais reconfortante do que a segurança de que estamos bem, pelo menos, agora.
A receita de hoje talvez seja, quem sabe, a materialização da vontade de que pelo menos o presente seja bom. Torta de alho-poró com tapenade e queijo de cabra. Melhor do que isso, nem sei o que.
Para a torta:
Massa folhada comprada pronto no supermercado
4 a 5 talos de alho-poró (se forem grandes, só três é suficiente)
2 colheres de sopa de oleo de oliva
1/2 colher de chá de tomilho
sal e pimenta
1/3 de xícara de vinho branco
Uma receita de tapenade
Fatias de queijo de cabra (o melhor queijo do mundo) cortadas mais ou menos finas, o suficiente para cobrir toda a área da massa
Para fazer, cubra a vasilha com a massa folhada, faça vários furos com o garfo e coloque no forno por 10 minutos. Nesse meio tempo, refogue o alho poro cortado em rodelas por cinco minutos, depois acrescente o azeite, o tomilho, sal e a pimenta. Adicione o vinho e deixe tudo no fogo até que o álcool evapore. Depois é só montar a torta: primeiro a camada de tapenade, depois a de alho-poró e, por último, o queijo de cabra. Volte a torta pro fogo e cozinhe por mais uns 15min, ou até o queijo ficar moreninho.
Agora, sim, a receita da Tapenade:
20 azeitonas sem caroço (pretas ou verdes, como você preferir)
uma colher de sopa de alcaparras picadas, sem o caldinho
Uma colher de suco de limão
Duas colheres de azeite de oliva
Meia colher de pasta de anchovas (bastante opcional)
Pimenta do reino moída na hora, pelamordedeus
Eu passo tudo rapidinho no liquidificador, pra garantir que está homogêneo
Apesar de efêmero, o prazer é garantido.
29 de janeiro de 2010
Espaguete ocidental
Escrever espaguete em português é bizarro. Fora isso, fazer um bom spaghetti é sempre divertido. Esse do vídeo, além de ser ocidental, é muito interessante.
Clique aqui para ver o próprio.
Clique aqui para ver o próprio.
14 de janeiro de 2010
A minha receita de lasanha
Lasanha tem gosto de casa, de família, de tardes preguiçosas depois de almoços com os amigos do colégio, seguidos pela boa e velha soneca ao som baixinho do Vídeo Show. Bons tempos.
E quando a nossa família se cansa da gente e temos que construir nossas próprias tradições, é hora de revitalizar velhas receitas e eleger novos rituais. Eu estou começando agora, e tenho gostado da experiência. Acho que jantar ou almoçar em casa com os amigos - já não os da escola, mas do trabalho, da faculdade - pode se tornar a minha nova mania-gosto-de-casa.
Para tanto, num surto de mãe de família sem família, resolvi inventar minha própria receita de lasanha, além de ter confeccionado quilos de arroz, feijão, lagarto e etecetera (tudo num mesmo dia) para estocar no freezer e me enfurnar em casa na hora do almoço e, com sorte, não ter que ir a um daqueles restaurantes de sempre.
Lá vai minha própria receita:
Molho de carne
500 g de carne moída
Cebola
pimenta-do-reino, alho, sal
uma lata de tomate sem pele em lata
um pouco de folhinhas de espinafre (Popeye iria curtir essa)
Refogar a carne daquele jeito que sua mãe deveria ter te ensinado, colocar depois o tomate e por último o espinafre, cozinha sum pouco mais, temperar bem e reservar.
Molho Bechamel
Pegue a primeira receita que vir pela internet e faça.
Montagem do prato
Molhe o fundo da assadeira com um pouco de molho, colocar uma camada de massa, uma de molho de carne e outra de bechamel. Se gostar, capriche nas fatias de queijo mussarela também e vá alternando as camadas. NO final, COloque o resto do molho de carne e finalize com um bom punhado de queijo parmesão ralado.
Congele para comer depois ou leve direto pro forno. Só vai ficar faltando a paciência pra assistir ao Vídeo Show, mas com isso eu não posso ajudar.
P.S. Não botei foto porque a cafonice da foto do post anterior pedia certa parcimônia pra compensar.
E quando a nossa família se cansa da gente e temos que construir nossas próprias tradições, é hora de revitalizar velhas receitas e eleger novos rituais. Eu estou começando agora, e tenho gostado da experiência. Acho que jantar ou almoçar em casa com os amigos - já não os da escola, mas do trabalho, da faculdade - pode se tornar a minha nova mania-gosto-de-casa.
Para tanto, num surto de mãe de família sem família, resolvi inventar minha própria receita de lasanha, além de ter confeccionado quilos de arroz, feijão, lagarto e etecetera (tudo num mesmo dia) para estocar no freezer e me enfurnar em casa na hora do almoço e, com sorte, não ter que ir a um daqueles restaurantes de sempre.
Lá vai minha própria receita:
Molho de carne
500 g de carne moída
Cebola
pimenta-do-reino, alho, sal
uma lata de tomate sem pele em lata
um pouco de folhinhas de espinafre (Popeye iria curtir essa)
Refogar a carne daquele jeito que sua mãe deveria ter te ensinado, colocar depois o tomate e por último o espinafre, cozinha sum pouco mais, temperar bem e reservar.
Molho Bechamel
Pegue a primeira receita que vir pela internet e faça.
Montagem do prato
Molhe o fundo da assadeira com um pouco de molho, colocar uma camada de massa, uma de molho de carne e outra de bechamel. Se gostar, capriche nas fatias de queijo mussarela também e vá alternando as camadas. NO final, COloque o resto do molho de carne e finalize com um bom punhado de queijo parmesão ralado.
Congele para comer depois ou leve direto pro forno. Só vai ficar faltando a paciência pra assistir ao Vídeo Show, mas com isso eu não posso ajudar.
P.S. Não botei foto porque a cafonice da foto do post anterior pedia certa parcimônia pra compensar.
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