26 de fevereiro de 2009

Beringela – Da cuca para o papel


Caríssimos leitores. Sempre duvidei que vocês existissem, mas meu ceticismo não é suficiente para me fazer desistir de compartilhar receitas, ainda que seja com ninguém. Portanto, o assunto de hoje é o mistério das receitas inexistentes formalmente, mas existentes nas panelas – e no estômago. Algo como o direito costumeiro ou os acordos de cavalheiros que funcionam na prática mas que nunca serão positivados.

Pois bem. Uma dessas é a de uma pasta de beringela que fiz ano passado lá em casa, numa festinha para os amigos, que incluiu um caldo verde, pastinha de tomate e outras cositas mais, que só quem tava lá teve a oportunidade de experimentar. A tal pasta é derivada de uma receita compartilhada comigo por uma das minhas roomies queridas, o Pacote. Originalmente, ela levava alho, tomate e alguma outra coisa que não me lembro. Já a minha versão ficou sem tomate e ganhou uma coisa que eu amo demais: gergelim torrado. Então, o que só existia na minha cuca, agora está no papel, devidamente conservada para a posteridade:

Duas beringelas médias assadas no forno (limpas e com casas. A gente põe no forno e deixa lá, até elas ficarem bem murchinhas e moles)
Uns três dentes de alho
Gergelim torrado
Pimenta do reino
Azeite, do bom

Então. Depois que as beringelas estiverem desse jeito horroroso que eu descrevi, tire do forno, abra a casca com uma faca e raspe bem a polpa da beringela, já direto para o liquidificador. Depois, coloque o gergelim torrado (eu compro o cru e torro, com cuidado, na frigideira), os dentinhos de alho, o azeite e as pimentas. Bata tudo com muito azeite. O ideal é comer com pão sírio ou pita.

2 comentários:

bleite disse...

Seus leitores existem sim! E essa receita costumeira tb, já que eu tive o prazer de prová-la...

RAFA disse...

Teje anotado. Pelo que lembro, é tão gostoso quanto o texto que o descreve. Tem sabor de papo bom em casa com os amigos...
Beijo